segunda-feira, 11 de março de 2013

Gripe Emocional


E de calar-me para evitar um estrago maior, mãos invisíveis se contorceram em torno de minhas cordas vocais e tudo o que restou foi silêncio e tosse. Uma tosse tão indignada quanto as palavras que contive, numa espécie de gripe emocional, meu próprio corpo manifesta toda a sua revolta e ressentimento.
Engraçado como as demais pessoas são capazes de se manifestar, de dizer o que querem dizer, mesmo que (na maior parte das vezes) a razão não esteja totalmente ao seu lado. Sinto os olhos lacrimejarem e arderem de forma inconveniente: é a irritação provocada pela gripe ou meu corpo manifestando sua raiva pelas palavras contidas naquele silêncio desconfortável que se seguiu aos eventos?
E me pergunto, como é que se pode exigir certos comportamentos de outras pessoas, quando normalmente se comporta de forma tão mesquinha e grosseira? Meu corpo está cansado, impaciente com determinadas coisas, não posso dizer que o culpo: Tanto já foi obrigado a suportar, tanto calou mediante certos fatos para não provocar atritos e manter unidos aqueles a quem ama visceralmente, tanto já foi exigido dele para manter a paz e a cordialidade; não acho injusto que ele aceite se calar por mais tempo.
No momento crucial, engoli minhas opiniões e as palavras que se formaram em minha mente e abriram caminho, coléricas e indignadas através de mim. Ao fazer isso, aprisionei dentro de mim, por acreditar que fosse o melhor a ser feito no momento para acalmar os nervos exaltados e as palavras envenenadas dispersas no ar pesado, tudo o que deveria ter dito desde o começo. Engano meu! Pude calar minhas palavras e meu corpo, mas não pude silenciar minha mente.
A partir de hoje, fiz uma promessa a mim mesma e ao meu tão sofrido corpo  que vem me castigando há tempos com uma rouquidão teimosa pelas palavras não ditas, não mais aprisionarei meus pensamentos e minha voz para o bem de outros. Não mais calarei minhas opiniões e minhas objeções quanto às ações e comportamentos abusivos impostos à mim e aqueles a quem amo. Assim como meu corpo, gritarei se preciso, que já basta! Que já chega de ingratidão, palavras ocas cheias de equivocada indignação, que já tivemos o bastante de maus tratos, de atitudes egoístas e de provocações ridículas. Chega!

                                                            Imagem: Bernardo Cau

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

The Following




Com ares de Criminal Minds e Dexter, The Following não desapontou no episódio piloto. Contando com a presença de bons atores como Kevin Bacon (bem magrinho), James Purefoy (Rome) e Shawn Ashmore ( o Homem de Gelo de X-Men)  me deixou com gostinho de quero mais!
            A série conta de forma não totalmente linear a história do carismático e sedutor Joe Carrol, o serial killer capturado, Ryan Hardy ex-agente do FBI que o prendeu, sua família e como isso interfere na vida de todas as pessoas. A coisa toda se complica quando o serial killer passa a se comunicar com outros, formando uma espécie de “culto” que atende a todas as suas ordens.
            A autoria da série é do KevinWilliamson, de The Vampire Diaries e parece que vai ser boa a beça! As imagens são intensas e fortes, não recomendadas para quem tem estômago fraco ou se impressiona facilmente, aqui no Brasil, a série vai ao ar todas as quintas feiras às 22:30h  no Warner Channel.
            Pra quem quer sentir um gostinho do que vem por aí, aqui vai o trailer da série:




terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Paula Fernandes, Testemunhas de Jeová e outras coisas...

 
  Navegando pela net, me deparo com essa notícia (se é que pode ser chamada assim). Resolvi ler para saber do que se tratava já que não curto muito nem a Paula Fernandes (trauma total das músicas dela) nem tampouco os Testemunhas de Jeová (que costumam nos chamar aos domingos e feriados e falar durante horas disseminando sua crença) e devo dizer, ri demais.Sobretudo dos comentários feitos abaixo do link da entrevista em que a Paula Fernandes afirma acreditar na reencarnação.
  O estardalhaço causado por conta dessa afirmação é totalmente ridículo  Não vou dizer que fico chocada com o que li, mas que sinto uma espécie de revolta, sabe? Quem somos nós para julgarmos uns aos outros pelas nossas crenças? E melhor: cabe mesmo a nós condená-los ou não?
  Por conta de sua declaração "bombástica", Paula Fernandes é quase o próprio mal em pessoa. Há tempos venho falando sobre  a questão do respeito, do direito que cada um de nós tem de acreditar naquilo que quiser, e volto a afirmar: o mal do mundo é a INTOLERÂNCIA.

Pra quem quiser ver na íntegra:
http://universosertanejo.blogosfera.uol.com.br/2013/02/19/as-testemunhas-de-jeova-e-a-paula-fernandes/

O mala das redes sociais


  Aí a pessoa posta em uma rede social um pedido cheio de revolta e razão cobrando aos “amigos” que parem de postar mensagens positivas e conquistas, já que ele pensa que nenhuma delas é , de fato, verdadeira ou honesta. Ressalta que quando se fecha a aba, os sonhos se desfazem e a realidade dura e sofrida acerta o pobre coitado com toda a força. “Abaixo a hipocrisia” – ele implora.
  Ah, qual é! A mesma pessoa nunca posta nada de bom. Tudo é baseado em revolta mesquinha, mensagens de puro tédio ou raiva e de vez em quando uma pitada de sarcasmo. Vou te falar, com toda a sinceridade exigida: Não costumo postar nada de positivo demais, nem correntes, nada disso. Mas quem quiser postar, que poste! O que eu tenho a ver com isso?
  Veja bem, ninguém é forçado a manter essa “relação virtual”. Bloqueia logo os infelizes que tanto te incomodam e são tão pedantes ou deixe-os continuar em seu mundo supostamente cor-de-rosa e mágico que parece incomodar bastante, diga-se de passagem.
  Para mim, isso tudo é puro recalque. Vamos tomar cuidado para não ficar parecendo a vizinha fofoqueira e reclamona que vive às voltas tentando reprimir a felicidade alheia. Que cada um possa, dentro de certos limites, viver a sua própria verdade, sem se importar com o que os outros pensam.
  E pras pessoas que vive postando mensagens que incluem #falomesmo #prontofalei #ficaadica: Menos hipocrisia, invejinha e recalque. 


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Já basta


"Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações..." (como sabiamente dizia Renato Russo)

  Já dizia um pensador de nosso tempo. Observo ao longo dos dias, a ignorância das pessoas acerca de assuntos que ainda são tratados como tabu. Falar sobre homossexualidade é normal, mas abordar de forma sensível o tema ou demonstrá-lo em escala nacional parece ainda ser vergonhoso.  Um casal homossexual pode ser exibido numa novela, mas não podem trocar mais do que poucos gestos de carinho sem serem amplamente criticados pelos telespectadores e ou pela mídia. Engraçado pensar que os mesmos que se manifestam tão arduamente contra as cenas que segundo eles vão contra toda a moral e bons costumes, sentam-se diante da tv e assistem felizes e satisfeitos cenas picantes entre casais heterossexuais.    Temos de aprender a lidar com todo tipo de adversidade. Somos negros, brancos, amarelos, vermelhos... (já dizia Cazuza) Somos o país (e o mundo) da adversidade. Amamos homens, mulheres ou os dois. Esse fato não deveria depor contra o caráter ou a indole de nenhum de nós. Quem é que pode estender o dedo indicador e condenar alguém por amar uma pessoa do mesmo sexo? Não é o mesmo que roubar, que matar ou que ser um político desonesto, mas parece provocar mais revolta do que qualquer um desses casos.  Aparentemente, na nossa sociedade ignorante, mesquinha e hipócrita, é natural que pai e filho sejam agredidos porque foram confundidos com um casal homossexual. Qual é o problema dessa gente? Quem deu a eles o direito de espancar um ser humano por causa de sua opção sexual? Que espécie de pessoa é capaz de humilhar alguem por conta disso?  Por isso, vamos dar um BASTA nisso tudo! Vamos incitar o melhor lado de nós mesmos, vamos usar nossas conexões, nossa rede de contatos para fazer com que isso acabe.  Quantos mais terão de morrer, quantos mais terão de ser humilhados, espancados, feridos? Não, eu não sou homossexual.  Mas tenho senso de justiça e o mais importante, consigo enxergar através da cortina espessa de preconceito, ignorância e hipocrisia que acomete a maioria das pessoas. Vamos manter a cabeça aberta, pessoal! Afinal, Jesus disse: Amai aos outros como a si mesmo. Ele não disse: Amai aos outros desde que eles sejam brancos, ricos e heterossexuais. Pensem nisso.

Trilha sonora dessa quarta

Depois de assistir Glee (episodio Naked) fiquei absolutamente inspirada a ouvir de novo a voz doce da Sara Bareilles. (Cuidado! Spoiler total! Nem comento o quanto babei nas cenas românticas e fofas do Jake e da Marley e da demonstração de carinho e amizade do Blaine)

De toda forma, pra quem ainda não conhece a música, lá vai:


Pra quem quiser conferir a versão de Glee: